Depois da catástrofe que devorou o famoso museu do Rio de Janeiro estão a ser tomadas medidas de maior segurança nos museus brasileiros mas também nos portugueses. Depois da desgraça, trancas à porta.
O Museu de Arte Sacra do Funchal e os três museus municipais da capital madeirense dispõem de sistemas de prevenção contra incêndios, sendo que, no primeiro caso, a direção prepara-se para reformular o plano de emergência.
> O nosso plano de emergência, inserido no Plano da Conservação Preventiva, está demasiado datado e, como tal, estamos em vias de contratar um técnico para elaborar um novo", adianta o diretor do Museu de Arte Sacra, João Henrique Silva, sublinhando que o projeto será executado em articulação com o Serviço Regional de Proteção Civil.
"Este plano analisa uma série de itens e estabelece, ponto por ponto, o que deve ser feito em situação de incêndio ou catástrofe natural, quem deve ser chamado, onde se posicionam as pessoas, quais as portas de fuga e as saídas para os objetos em exposição", observa.
Numa altura em que prossegue o debate sobre as falhas na segurança no Museu Nacional do Rio de Janeiro, no Brasil, destruído por um incêndio em 2 de setembro, João Henrique Silva considera que uma situação como aquela só ocorrerá no Museu de Arte Sacra por "falha geral do sistema".
> O museu [que é propriedade da Diocese do Funchal] tem um contrato com uma empresa de segurança e esse contrato desdobra-se em duas vertentes: segurança contra intrusão (furto) e segurança contra incêndios, o que significa que estão instalados detetores, que imediatamente acionam um alarme", afirma, realçando que todas as salas dispõem de extintores fiscalizados e carregados dentro do período legal.
Museu de Arte Sacra do Funchal
João Godim
FREELANCER
Mil Canções
dos últimos 30 anos
>REPORTAGENS