Testemunhos polémicos
Não é de agora que a família real britânica é acusada de racista, entre aspas, nada que seja desconhecido noutras realezas europeias e mundiais. Documentos recentes revelam que o Palácio de Buckingham proibiu “imigrantes de cor ou estrangeiros” de servir em funções clericais na casa real, embora estes tivessem permissão para trabalhar como empregados domésticos. Na década de 1960, os ministros do governo introduziram leis que tornariam ilegal a recusa de empregar um indivíduo com base na sua raça ou etnia. O Palácio de Buckingham negociou cláusulas polémicas que isentam a rainha e a família real de leis que evitam a discriminação racial e sexual.
A rainha permaneceu isenta dessas leis de igualdade durante mais de quatro décadas. A isenção tornou impossível que as pessoas de minorias étnicas que trabalhassem para a sua família não pudessem alegar discriminação perante a justiça. Ao longo dos anos, foram surgindo várias críticas à casa real, acusando-a de empregar poucos negros, asiáticos ou pessoas de minorias étnicas. Grande parte da história da família real está intimamente ligada ao império britânico, que subjugou pessoas em todo o mundo.
O tema do racismo tem pairado frequentemente em Buckingham. Em março, Megahn Markle, a Duquesa de Sussex – o primeiro membro mestiço da família – alegou que um membro da família expressou preocupações sobre a cor da pele do seu filho. Estas afirmações levaram o mundo inteiro a questionar que membro dos Windsor, em pleno século XXI, ainda poderia fazer este tipo de comentários. Estas alegações da esposa de Harry obrigaram o príncipe William a afirmar que a família real não era racista.