Dizem os preconceituosos que casar no Mosteiro dos Jerónimos é ter para a vida a presença de figuras mortas. São apenas preconceitos, por estarem ali os túmulos de Vasco da Gama, Luís de Camões, Rei D. Sebastião, entre outras destacadas figuras do mundo português.
Noutros tempos, contrair matrimónio na Igreja de Maria de Belém só os da alta burguesia, titulares de altos cargos, nobres, castas sociais insignes.
O Mosteiro dos Jerónimos começou a ser construído no século XVI e desde a monarquia à república muito mudou, sobretudo a partir do último quartel do século XX.
Património da Humanidade pela UNESCO, desde 1983, a igreja principal do Mosteiro dos Jerónimos (Santa Maria de Belém) tem tido crescente procura para a realização de cerimónias religiosas no âmbito da união conjugal. Enlaces entre cidadãos de todas as raças e classes sociais dando testemunho da multirracionalidade que, desde sempre, esteve imbuída no ser português.
Por ano, o Mosteiro dos Jerónimos recebe mais de um milhão de visitantes.
Nas imagens (raras), mais de uma centena de cidadãos cabo-verdianos à saída da cerimónia matrimonial, com a limusine à espera dos noivos. Um momento muito fotografado pelos transeuntes, inclusive estrangeiros, que por ali circulavam.
João Godim
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