Deficiências na saúde
"A actual pandemia trouxe à tona inúmeras deficiências nos sistemas de saúde e no atendimento aos doentes. Os idosos, os mais fracos e os mais vulneráveis nem sempre têm acesso garantido ao tratamento e nem sempre esse acesso é equitativo ", considera o Papa Francisco na sua mensagem para o 29.º Dia Mundial do Doente (11 de Fevereiro), divulgada hoje pelo Vaticano. No documento, lembra particularmente “os mais pobres e marginalizados”, aos quais o “afeto da Igreja” deve significar uma “proximidade espiritual” ainda maior. Em relação às medidas implementadas no combate à “pademia", Francisco reconhece que: “Depende de decisões políticas, da forma de gerir os recursos e do empenho dos responsáveis. Investir recursos na atenção aos enfermos é uma prioridade ligada a um princípio: a saúde é um bem comum primária ", sublinha.
O Papa convida a “estabelecer um pacto entre as pessoas carecidas de cuidados e aqueles que as tratam. Um pacto baseado na confiança e no respeito mútuos, na sinceridade, na disponibilidade, de modo a superar toda e qualquer barreira defensiva, colocar no centro a dignidade da pessoa doente, tutelar o profissionalismo dos agentes de saúde e manter um bom relacionamento com as famílias dos doentes”, acrescenta.
Por fim, salienta que “uma sociedade é tanto mais humana quanto mais sabe cuidar dos seus membros fragilizados e sofredores e sabe fazê-lo com eficácia, animada pelo amor fraterno. Caminhemos rumo a este objectivo, garantindo que ninguém fique só, que ninguém se sinta excluído ou abandonado”, apela o Papa Francisco que também já anunciou que irá vacinar-se contra a “Covid-19” e criticou quem esteja a negar a vacinação. Segundo o chefe da Igreja Católica, “a imunização é um acto ético diante da pandemia”. Francisco, recorde-se, tem 84 anos (feitos no passado mês de Dezembro) e faz parte do grupo de “maior risco” para o contágio do “coronavírus”.
O maior da península ibérica
Na próxima semana (20 de janeiro 2021) será inaugurado, na cidade do Porto, o maior Museu do Holocausto da Península Ibérica. O espaço museológico pretende “retratar a vida judaica antes do Holocausto, o nazismo, a expansão nazi na Europa, os guetos, os refugiados, os campos de concentração, de trabalho e de extermínio, a Solução Final, as marchas da morte, a libertação, a população judaica no pós-guerra, a fundação do Estado de Israel, vencer ou morrer de fome, os justos entre as nações".
Em exposição permanente estarão reproduções dos dormitórios de Auschwitz (campo de concentração), assim como uma sala de nomes, um memorial da chama, cinema, sala de conferências, centro de estudos, corredores com a narrativa completa e, à imagem do Museu de Washington (Estados Unidos da América), fotografias e ecrãs exibindo filmes reais sobre o antes, o durante e o depois da tragédia.
É propósito do museu investir na educação e na formação profissional de educadores, bem como na investigação e na promoção de exposições. Destaque, outrossim, para os arquivos que incluem documentos oficiais, testemunhos, cartas e centenas de fichas individuais. De recordar que o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, será celebrado no próximo dia 27 deste mês.
João Godim
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