Jornalista e escritora discreta
Neste ano de 2021, assinala-se o centenário de nascimento de Maria Judite de carvalho (1921-1998), escritora. Um nome com uma obra literária significativa, mas actualmente um pouco esquecida e que interessa conhecer pelo simples facto de nos seus livros, contos, crónicas, romances e novelas, tratar de temas quotidianos, de todos os tempos, como a mesquinhez, as injustiças sociais, a solidão humana...
Natural de Lisboa, Maria Judite de Carvalho (que foi casada com Urbano Tavares Rodrigues), 1923-2013, (escritor de que hoje também pouco se fala) frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (curso de Germânicas) e viveu em França e na Bélgica. Em 1959, publicou o seu primeiro livro -"Tanta gente Mariana", que lhe deu fama imediata e a destacou como uma das mais importantes autoras da literatura portuguesa, com apurado talento para o “retrato” feminino. Dois anos depois, com “As palavras Poupadas”, foi distinguida com o Prémio Camilo Castelo Branco.
Publicou ao todo 13 livros e foi apelidada por Agustina Bessa-Luís como “flor discreta da nossa literatura”. Trabalhou ainda como jornalista no Diário de Lisboa (1968-75), na revista Eva (até 1975) e O Jornal (1976- 1983). Morreu em Lisboa no dia 18 de Janeiro de 1998.
João Godim
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