Aprendi muito como guarda-redes
O Papa Francisco nutre pelo desporto uma grande paixão, quer como atleta federado (futebol e basquetebol) quer como adepto do San Lorenzo, o quarto maior clube da Argentina. No dia de hoje, 2 de janeiro (2021), o diário desportivo italiano La Gazzetta dello Sport publica uma entrevista com o Sumo Pontífice onde enaltece os tempos felizes da juventude, quando jogava futebol pelas ruas. "Era uma criança feliz", recorda. Uma altura em que, apesar de ser um "pé duro" para o futebol, não se esquivava, em conjunto com os seus amigos, de disputar uma partida com "uma bola de de trapos".
Estádio do San Lorenzo
“Lembro-me muito bem e com prazer de quando, em criança, a minha família ia ao estádio El Gasómetro (casa do San Lorenzo). Lembro-me, em particular, do campeonato de 1946, aquele que o meu San Lorenzo ganhou. Lembro-me daqueles dias em que passava a vida a ver futebol e a felicidade de nós, crianças, quando voltávamos para casa: a alegria no rosto, a adrenalina no sangue.
E não me esqueço que bastava uma bola de trapos para nós nos divertirmos e quase fazíamos uns pequenos milagres na praça lá ao pé de casa. Quando eu era criança gostava de futebol, mas não estava entre os melhores, aliás fui o que na Argentina eles chamavam de "pé duro", literalmente uma perna dura. Por isso sempre me deixavam na baliza.
Mas ser guarda-redes foi uma grande escola de vida para mim. E também jogava basquetebol, aliás gostava muito até porque o meu pai tinha jogado no San Lorenzo", começou por dizer o Papa Francisco, deixando depois um recado universal para o mundo do desporto.
Diego Maradona, recentemente falecido, oferecendo uma camisola da selecção da Argentina ao Papa Francisco.
“O meu desejo para 2021 é muito simples e replico-o com as palavras que foram escritas numa camisola que me foi dada: 'Melhor uma derrota limpa do que uma vitória suja.' É a maneira mais bonita de se viver e para que estejamos sempre de cabeça erguida", sublinhou o Papa Francisco.
Portugal na presidência da União Europeia
Ano novo, nova presidência do Conselho da União Europeia para Portugal. Tendo aderido à CEE/EU, a 1 de janeiro de 1986, o nosso país soma quatro ocasiões na presidência da União Europeia (EU): 1992, 2000, 2007 e 2021. Este ano com a particularidade de coincidir com as primeiras duas décadas da criação da moeda única (euro), a 1 de janeiro de 2001. A população da UE é da ordem dos 446 milhões, com 24 línguas oficiais e assinalando o 9 de Maio como o "Dia da Europa".
Constituída por 27 Estados membros, as instituições da UE mais importantes são a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia, o Conselho Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Central Europeu. O Parlamento Europeu é eleito a cada cinco anos pelos cidadãos da UE. A duração do mandato na presidência da UE é de seis meses.
Mapa actual da União Europeia, já sem o Reino Unido que saiu, oficialmente, da União Europeia em 31 de janeiro de 2020.
João Godim
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