Poetisa americana premiada
Louise Gluck
A poetisa norte-americana Louise Glück é a vencedora do Prémio Nobel de Literatura 2020, pela "sua inconfundível voz poética que, através de uma beleza austera, torna universal a vida individual", anunciou hoje (8 de Outubro) a Academia Sueca, em Estocolmo. Louise Glück, de 73 anos de idade, é natural de Nova York, reside no Estado de Massachusetts e é docente de inglês na Yale University (New Haven, Connecticut).
Com dezenas de obras publicadas, entre poesia e ensaio, nos “seus poemas, escuta-se o que resta dos seus sonhos e ilusões”, através de temas “existenciais” que vão desde a “infância, a convivência familiar”, até aos “mitos e motivos clássicos”, por intermédio dos quais busca essencialmente o “universal” além do “individual”.
Publicou o seu primeiro livro - "Firstborn", em 1968, e logo foi aclamada como uma das “poetisas mais destacadas da literatura americana contemporânea”. Recebeu vários prémios de prestígio internacional, incluindo o “Pulitzer” (1993) e o “National Book” (2014). Com livros como "The Triumph of Achilles" (1985) ou "Ararat" (1990), Louise Glück chegou ao grande público, dentro e fora dos Estados Unidos, mas em Portugal está pouco traduzida.
O Prémio de Literatura 2020, como os demais Prémios Nobel, será concedido no próximo dia 10 de Dezembro, data em que se assinala o aniversário da morte do fundador dessas distinções, Alfred Nobel (1833-1896).
Ana Amaral Dias
Entretanto, também neste dia 8 de Outubro, ficámos a saber que a Câmara Municipal de Leão (Espanha) e o Clube Leteo Cultural, distinguiram a poetisa portuguesa Ana Luísa Amaral (Lisboa, 1956), com o “Prémio Leteo”, que o irá receber no próximo dia 16 de Outubro, no Auditório da Ciudad de León.
Trata-se de um Prémio literário que já vai na sua 18.ª edição e que durante todos estes anos recebeu “os melhores autores internacionais”, como Paul Auster e Juan Gelman, que fazem parte da lista dos vencedores.
Ana Luísa Amaral é “uma notável criadora portuguesa considerada pela crítica como a mais importante poetisa portuguesa viva, que tem a seu crédito mais de trinta livros, entre poesia, ensaio, teatro e literatura infantil, bem como várias traduções.” Além disso, é professora de Literatura na Universidade do Porto e dirige, juntamente com o jornalista Luís Caetano, um programa de poesia na Antena 2 – “O som que os versos fazem ao abrir”, com muita audiência.
Fez o doutoramento em Literatura inglesa e norte-americana, com destaque para a poesia de Emily Dickinson e Shakespeare. A sua obra está traduzida e publicada em vários países, tendo obtido também diversos prémios, entre eles o Prémio Literário Correntes d’Escritas, o Prémio Internazionale Fondazione Roma, o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio PEN de Ficção.
Com a chegada de outubro, são retomadas as visitas mensais à exposição de longa duração e à exposição temporária. A Exposição Temporária “Emídio Guerreiro 120 anos de nascimento. Vimaranense, Cidadão Universal”, está patente até final do mês de outubro.
Maria Machado, ex-prisioneira política
Inscrições para: info@museudoaljube.pt ou +351 215 818 535