O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, encontrou-se, quarta-feira, com o Papa Francisco. Ambos “expressaram a sua satisfação pelo desenvolvimento das relações bilaterais” entre o Vaticano e a Rússia, referiram-se a “algumas questões relevantes para a vida da Igreja Católica na Rússia” e falaram sobre “a questão ecológica” e alguns temas da atualidade internacional, com especial ênfase para a Síria, a Ucrânia e a Venezuela”.
Na oportunidade foi assinado “um memorando de entendimento para a colaboração entre o Hospital ‘Bambino Gesù’, em Roma e os hospitais pediátricos da Federação Russa”.
No final da audiência, que decorreu na Sala da Biblioteca do Palácio Apostólico, o Papa ofereceu ao presidente russo um medalhão comemorativo do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) e uma gravura a carvão da Cidade do Vaticano, datada de 1739. Vladimir Putin, por seu lado, ofereceu ao Papa um ícone de São Pedro e São Paulo, dois santos e apóstolos de Cristo que a Igreja Católica comemorou a 29 de Junho, mas a Igreja Ortodoxa Russa só “vai celebrar a 12 de Julho”, salientou.
O chefe de Estado russo ofereceu ainda a Francisco um filme sobre o pintor italiano Michelangelo, do realizador russo Andrei Konchalovsky, que ainda está por estrear nas salas de cinema, uma lembrança acompanhada por um livro com diversas fotografias retiradas durante as filmagens do referido projecto.
Este foi o sexto encontro do chefe de Estado russo com um Papa, o último dos quais aconteceu a 10 de Junho de 2015, numa audiência privada entre Francisco e Putin que também teve os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente como principais temas de conversação.
A primeira audiência entre ambos tinha acontecido a 25 de Novembro de 2013, poucos meses depois do início o pontificado de Francisco, e dessa audiência privada saiu um apelo em favor da “via negocial” para ultrapassar o conflito na Síria.