Os 50 anos - meio século - da morte do poeta e escritor José Régio (1901-1969) serão assinalados até 2020, com exposições, espectáculos, conferências e reedições de livros, várias iniciativas culturais promovidas pelo Ministério da Cultura e diversas instituições oficiais, de Norte a Sul do país.
José Régio, nome literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu a 17 de Setembro de 1901 em Vila do Conde, estudou em Coimbra e foi professor de Português em Portalegre durante mais de 30 anos, onde construiu uma Casa-Museu, tendo falecido na sua terra natal a 22 de Dezembro de 1969. Foi poeta, dramaturgo, romancista, novelista, contista, ensaísta, cronista, crítico, autor de diário, memorialista, epistológrafo, historiador da literatura portuguesa, desenhador, pintor, e grande conhecedor e coleccionador de arte sacra e popular.
Do vasto programa comemorativo destaca-se um ciclo de conferências e mesas redondas, e a edição de uma agenda perpétua de José Régio, bem como de algumas das suas obras, pela editora Opera Omnia: “Biografia de José Régio, por Eugénio Lisboa”, “Antologia Poética”, “Jogo da cabra cega”, “Histórias de mulheres” e “três peças em um acto”.
Um dos objectivos destas comemorações regianas é chamar a atenção para a importância do escritor e fundador da revista "Presença", no contexto da literatura e a cultura portuguesas do século XX, mas que tem sido “mal tratado”.
De modo a dar uma identidade a este projecto de evocação de José Régio, foi desenvolvida uma imagem gráfica, com um dos versos mais conhecidos do poeta – “Não sei para onde vou, não sei por onde vou, sei que não vou por aí” -, e criado um site na Internet – www.joseregio.org -, onde será divulgada toda a programação relativa a este 50.º aniversário da sua morte.