O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem
Desde os primórdios da existência humana o homem arrasta consigo a vontade de dominar tudo o que o rodeia. E o fenómeno do tempo tem sido a sua mais premente obsessão. Observou o sol, mirou a sombra… e inventou o relógio. E nunca mais parou.
Os relógios parecem pálidas figuras do passado onde se pode, olhando-as, rever toda a vida. Os ponteiros marcam o mundo do nosso nascimento, as horas da alegria, do sofrimento, de angústia e de felicidade, não marcam a hora da nossa morte.
Estamos frente a um abismo da razão: a eternidade e a duração. Perante esta realidade, uma hora, um dia, um século, são como um segundo. Para se reconhecer, nesta imensidade angustiante, o homem imaginou dividir o tempo em porções que pretendeu serem iguais entre si. O tempo que se escoa entre dois aparecimentos sucessivos do sol, tomou-o como um unidade a que chamou dia.
João Godim
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