O Papa Paulo VI e o antigo arcebispo de São Salvador Óscar Romero, vão ser canonizados a 14 de outubro, anunciou o Papa Francisco, na sequência de um consistório para marcar a data.
Paulo VI, cujo pontificado decorreu entre 1963 e 1978, levou a cabo as reuniões finais e a aplicação pastoral do Concílio Vaticano II, iniciado pelo seu predecessor (já santo), João XXIIII, e realizado entre 1962 e 1965.
Óscar Romero, por seu lado, foi assassinado a 24 de Março de 1980 por um esquadrão da morte quando celebrava a eucaristia na catedral de São Salvador, nas vésperas do conflito armado em El Salvador (1980-1992). Nos seus sermões, Óscar Romero denunciava as injustiças e a repressão que então se faziam sentir, e defendia os desprotegidos, com risco da própria vida.
Papa Paulo XVI e Arcebispo Óscar Romero
O seu processo de canonização, centrado nos pobres da América Latina, durou 24 anos, por causa de várias dificuldades, entre as quais a acusação de que era um arcebispo muito próximo da Teologia da Libertação, uma corrente eclesiástica de cariz pró-marxista; a sua beatificação aconteceu em 2016; e em Outubro próximo será declarado santo.
O milagre atribuído a Óscar Romero na sua canonização relaciona-se com o caso de uma mulher salvadorenha com uma doença terminal e grávida que, depois do seu marido rezar com Romero, curou-se e deu à luz.
Pobreza na América Latina
Na cerimónia, o papa Francisco fará também santa a freira espanhola Nazaria Ignacia March Mesa (1889-1943), que passou a maior parte da sua vida na Bolívia e fundou o Instituto das Missionárias Cruzadas, hoje presentes em 20 países, sobretudo da América Latina.
Junto com Paulo VI e Óscar Romero, serão também inscritos no Livro dos Santos os padres italianos Francesco Spinelli (1853-1913), fundador dos Adoradores do Santíssimo Sacramento, e Vincenzo Romano (1751-1831); e a alemã Maria Catalina Kasper (1820-1898), fundadora das Pobre Servas de Jesus Cristo.
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