Condenado por defender a verdade
"E no entanto, ela move-se... ", as últimas palavras de Galileu Galilei perante o Tribunal da Inquisição, em Roma, que o acusava de querer mudar a ordem do mundo ao afirmar que a terra girava à volta do sol e não o contrário, como então era defendido em consonância com a Sagrada Escritura.
"Mal sabiam os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo, que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços, andavam a correr pelos espaços, à razão de trinta quilómetros por segundo" (in Poema para Galileu, de António Gedeão/Rómulo de Carvalho (1906-97), poeta e cientista português).
A Igreja Católica condenou Galileu, no século XVII, por apoiar a teoria copernicana de que a Terra girava ao redor do Sol; os ensinamentos religiosos, naquela época, colocavam a Terra no centro do universo.
Em 1992, o Papa João Paulo II pediu desculpas, dizendo que a condenação de Galileu foi um trágico erro.
Galileu, cientista, matemático e filósofo italiano, nasceu a 15 de Fevereiro de 1564, em Pisa, e foi o primeiro a usar o telescópio na astronomia, através do qual constatou que "a superfície da Lua não era plana, como se supunha, mas irregular, observou que a Via Láctea era composta de estrelas, e descobriu e nomeou os satélites de Júpiter".
Galileu morreu em Janeiro de 1642. Hoje, o seu nome está ligado ao sistema Europeu de navegação de satélites e patrocina importantes investigações científicas.