> Em Portugal, mercê do nosso retrocesso no mundo desde a ocupação filipina, nunca faltaram os basbaques a endeusar o que vem de fora - a começar pelo Pensamento - enquanto que, destroçados por injustificados complexos de inferioridade e pela maldita inveja, os mesmo se assumiram desdenhosos de tudo quanto do seu país ou da sua terra, inclusive de pessoas e de iniciativas nacionais.
Alberto J. Jardim foi dos que mais se empenhou pela candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa ao cargo de Chefe de Estado.
A Biblioteca Nacional (BN) acolhe, de 6 de Novembro a 30 de Dezembro, a Mostra ‘Mário Saraiva: o percurso de um doutrinador’, na Sala de Referência, com entrada livre.
Ao acolher agora o espólio de Mário Saraiva, de que a mostra constitui apenas um exemplo incompleto, a BN assegura para a posteridade a possibilidade de um estudo mais aprofundado do seu legado.
Assinalando a entrega do espólio, a 9 de Novembro, irá decorrer uma sessão evocativa da figura de Mário Saraiva, pelas 18 horas, na qual participam D. Duarte de Bragança, Nuno Pombo, docente universitário, e, em representação da família, o filho, Jaime Saraiva.
Mário António Caldas de Mello Saraiva, médico, historiador, escritor e político, nasceu em Guimarães, em 1910.
Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, em 1935. Fixou-se em Vilar, Concelho do Cadaval, onde exerceu actividade clínica. Pertenceu ao quadro de médicos civis da Força Aérea Portuguesa e, antes disso, no início dos anos 40, ao lado de Mário Cardia, no Jornal do Médico, fez, pela primeira vez em Portugal, a defesa de um Serviço Nacional de Saúde.
Acompanhou as organizações monárquicas desde os seus tempos escolares, exercendo nelas vários cargos directivos: presidente da Junta Distrital de Lisboa da Causa Monárquica e membro da sua Comissão Doutrinária.
Foi fundador do movimento Renovação Portuguesa e da Biblioteca do Pensamento Político. Colaborou em diversos jornais nacionais – Debate, Voz, Correio da Manhã, Consciência Nacional, O Dia, para além de publicações estrangeiras. Foi também autor vários livros.
Em 1978, recebeu de Duarte Pio de Bragança a missão de constituir e secretariar o seu Conselho Privado que o fez até à sua morte, a 28 de Maio de 1998.