O Papa Francisco anunciou, este domingo, que o Vaticano vai realizar um Sínodo dos Bispos extraordinário, em Outubro de 2019, para debater o presente e o futuro da floresta Amazónia, considerada o mais importante, o único, "pulmão do Planeta Terra".
O objectivo principal desta iniciativa da Igreja católica será "encontrar novos caminhos para a evangelização deste Povo de Deus, especialmente dos indígenas, muitas vezes esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também devido à crise da Floresta Amazónica, pulmão de capital importância para o planeta", disse Francisco no final de uma cerimónia de canonização de 35 novos santos, incluindo o padre português Ambrósio Francisco Ferro, na Praça de São Pedro.
O Papa explicou que esta assembleia de bispos resulta "do pedido de algumas Conferências Episcopais da América Latina e dos pastores e fiéis de muitas partes do mundo". Aliás, nas suas viagens à América Latina, Francisco sempre defendeu os direitos e a cultura dos povos indígenas, e há muito que desejava convocar um Sínodo para a região da Amazónia; a sua próxima viagem ao Peru (prevista para Janeiro de 2018) também se inscreve nesta linha de preocupação a favor dos povos que habitam as regiões amazónicas.
O arcebispo de Ayacucho e presidente da Conferência Episcopal peruana, Salvador Piñeiro García-Calderón, já fez saber que o Sínodo se centraria sobretudo na situação da Venezuela, Colômbia, Equador, Perú, Bolívia e Brasil, que tem 13% da bacia Amazónica, onde existem zonas "de sofrimento, marginalização, muito poucos habitantes, distâncias enormes."
Na área amazónica da América do Sul habitam 2.779.478 aborígenes pertencentes a 390 povos autóctones e 137 povos ainda não contactados, que, de acordo com o portal especializado em informação religiosa "El Sismografo", falam 240 idiomas pertencentes 49 ramos linguísticos, entre os mais relevantes do ponto de vista histórico e cultural.
A monumentalidade criminosa e inimaginável atribuída a José Sócrates, ex-primeiro ministro, figurará para sempre na história de Portugal. Práticas correntes em países do terceiro mundo foram usadas num país europeu, com mais de 800 anos de existência, e com a conivência de quem menos seria de esperar: juristas, escritores, jornalistas, banqueiros, políticos...
No jornal CM (edição de 15.10.2017), Eduardo Cintra Torres estampa texto e caras com a frontalidade que se lhe reconhece. O que na gíria se diz “agarrar o touro pelos cornos”. Sem rodeios e com todas as letras: “A acusação (a Sócrates) mostra a captura do Estado, governo e empresas por um bando mafioso de colarinho branco”; “Andaram anos coçando-se em silêncio sobre o caso para que não viesse ao espaço público o dito comum `mas vocês também andaram a mamar´.”
A liberdade de expressão aqui nem precisa de recurso. Escreve sobre factos. “Os cúmplices estão também entre jornalistas”, cúmplice que entre outros significados quer dizer conivente, facilitar a realização de um crime. Se cabe ou não no “bando mafioso” é outra questão. Conhecedor dos bastidores do jornalismo, Eduardo Cintra Torres vai mais longe. “O `sistema´ é resiliente e continua a controlar parte dos media nacionais”.
Há muito que sabemos que a Comunicação Social passou a ser uma panela ao serviço dos poderes político-económico. São sempre os mesmos a aparecer nos jornais e nas televisões. A imagem que os media dão do país é a que os poderes querem que seja dada. À boa maneira dos mandingas ao serviço do “chefe de tabanca”: prestar vassalagem. .