Imperador austro-húngaro
está sepultado na Madeira
O Imperador Carlos de Áustria e Rei da Hungria, com seus familiares, viveu no Funchal (Madeira), entre novembro de 1921 e abril de 1922.
Nestes meses de agosto e setembro, tempos de férias por excelência, também abundam os festas, os festivais, arraiais e celebrações religiosas, por todo o Portugal, muitos dos quais com tradição de séculos. É o que se passa na Madeira, em particular com a festa de Nossa Senhora do Monte, padroeira do arquipélago, e celebrada desde o século XVI.
Situada numa das zonas mais pitoresca do Funchal, a igreja da Senhora do Monte acolhe todos os anos, por esta altura, milhares de peregrinos nacionais e estrangeiros, a que se juntam muitos emigrantes, para um "típico arraial madeirense" que se prolonga por mais de uma semana. Nesta altura, decorrem as chamadas "novenas de preparação", todos os dias, ao fim da tarde, com apoios de "festeiros" e fiéis montenses.
A igreja da Senhora do Monte é também um local de peregrinação frequente pelo facto de nela se encontrar o túmulo do beato Carlos de Áustria (1887-1922), o último Imperador Habsburgo que viveu na Madeira, entre novembro de 1921 e abril de 1922, na sequência do exílio a que foi obrigado, no contexto da II Grande Guerra, tendo falecido na freguesia do Monte e sendo sepultado na respectiva igreja paroquial. Católico exemplar, Carlos de Áustria logo após a sua morte foi apelidado de "imperador santo".
O seu túmulo é um espaço de muita veneração e no adro da igreja encontra-se também uma estátua a perpetuar a sua memória. O último Imperador da Áustria e rei da Hungria é considerado um "exemplo corajoso para os que se empenham na promoção da paz, da liberdade e da justiça".